O Pilates é uma prática de exercício físico com uma abordagem holística integrando o corpo e a mente, trabalhando força, alongamento, flexibilidade e equilíbrio. É utilizado como tratamento preventivo e também auxilia no tratamento de patologias já instaladas, sejam elas ortopédicas, reumáticas, respiratórias, entre outras. Os exercícios musculares são de baixo impacto, reequilibrando e alinhando o corpo, bem como, melhorando a consciência corporal. Podem ser realizados no solo e também em aparelhos específicos do método.
Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) foi o criador do método. Ele teve uma infância muito conturbada devido às doenças que apresentava (asma, raquitismo e febre reumática). Desde cedo começou a estudar anatomia e fisiologia e praticar diversos esportes. Na Primeira Guerra Mundial Joseph começou a aplicar seus conhecimentos na reabilitação das pessoas. Começou então, a adaptar exercícios para os acamados utilizando as molas que havia nas suas camas.
Em 1926 fundou seu estúdio de Pilates, sendo considerado um método revolucionário para a época e, somente após sua morte em 1967, suas técnicas e estudos começaram a ser disseminados, provando a eficácia do método. Nos anos 80 o método começou a ser difundido nos Estados Unidos e nos anos 90 no Brasil.
Por apresentar inúmeras variações de exercícios, o método pode ser realizado por pessoas de qualquer idade, que buscam alguma atividade física. Atende indivíduos que apresentam alguma patologia onde a reabilitação é necessária, gestantes, idosos e também atletas que visam melhorar seu desempenho.
O corpo muda rapidamente durante a gestação, causando desconforto, dores e má postura que pode ser amenizado com o método de condicionamento físico Pilates. As grávidas podem começar a praticar o exercício logo após o terceiro mês de gestação e manter a prática até o final do sétimo, à exceção daquelas que se encontram em gravidez de risco ou tiveram algum tipo de complicação que devam seguir recomendações médicas de repouso. É importante que o ginecologista esteja ciente da prática dos exercícios e que seja consultado quanto à sua liberação. Antigamente, acreditava-se que o Pilates era contraindicado para gestantes devido a sua propaganda estar muito voltada a “malabarismos” nos aparelhos e na bola e, também, pela sua grande ênfase na contração abdominal. No entanto, o Pilates pode ser adequadamente adaptado para a gravidez, desde que não sejam realizados certos exercícios, como abdominais por exemplo.
É importante ressaltar que a gestante não deve ser colocada em posições que causem muito desequilíbrio para evitar risco de quedas, mas os exercícios de braço estão muito bem indicados, já que fortalecem a região dando boas condições à futura mamãe de carregar seu filho no colo. Pernas também estão liberadas para serem trabalhadas, a fim de se evitar dores articulares que possam vir em função do sobrepeso que acomete a mulher durante esse período. Os exercícios de alongamentos devem ser priorizados, pois na gravidez, em função do aumento abdominal, o peso da mulher se desloca todo para frente, alterando o seu centro de gravidade, aumentando a curvatura fisiológica da coluna, causando dores. Os exercícios abdominais e a mobilidade da coluna serão, naturalmente, praticados durante os exercícios de braços, de pernas e através da respiração característica do método.
O Pilates também auxiliará a gestante no período pós-parto, facilitando o retorno mais rápido do abdômen, e diminuindo a flacidez característica deste período.
Cabe ressaltar que é necessário que o ginecologista esteja de acordo com a prática do Pilates. O ideal é que ele mande uma liberação por escrito para que o instrutor saiba do andamento da gestação.